H Is for Hawk: Claire Foy e a dor em forma de falcão

H Is for Hawk: Claire Foy e a dor em forma de falcão

Em H Is for Hawk, Claire Foy se entrega a um papel desafiador, explorando a dor e a superação através de uma conexão inesperada com a natureza. Mas será que a adaptação cinematográfica captura a essência da obra original?

O filme, estrelado por Claire Foy (conhecida por The Crown), mergulha na história de Helen Macdonald, que, após a perda do pai, encontra consolo na falcoaria, adotando um gavião-azor (goshawk) chamado Mabel. A obra original, um livro de memórias de Macdonald, é profundamente pessoal e reflexiva. No entanto, a adaptação para as telonas, dirigida por Philippa Lowthorpe, toma um rumo diferente.

Uma jornada visual pela dor e pela cura

Enquanto o livro se destaca pela linguagem eloquente e introspectiva de Macdonald, o filme aposta no impacto visual. As imagens de Foy interagindo com Mabel são realmente fascinantes. A dedicação da atriz é inegável, aprendendo a arte da falcoaria para dar vida à personagem.

Apesar disso, a adaptação cinematográfica pode perder parte da profundidade da obra original. Alguns críticos apontam que o filme se torna, em certos momentos, um retrato convencional de uma pessoa com um animal de estimação incomum, em vez de uma exploração complexa da dor e do luto.

Brendan Gleeson interpreta o pai de Helen, Ali Mac, como um homem benevolente e compreensivo. Suas cenas em flashback são carregadas de emoção, retratando a forte ligação entre pai e filha e sua paixão compartilhada pelo mundo natural. Emma Donoghue, roteirista de Room, explora a relação única de Helen com os animais, mostrando sua empatia e conexão com outras criaturas.

O filme acompanha Helen em sua jornada, mostrando o apoio de sua melhor amiga Christina (Denise Gough) e sua luta para lidar com a perda. A adoção de Mabel se torna uma forma de escape e uma maneira de se conectar com a memória do pai.

Mais que um filme sobre falcoaria: uma reflexão sobre a saúde mental

Embora o filme possa não capturar todos os aspectos da obra original, ele oferece uma perspectiva interessante sobre a saúde mental e a importância de encontrar formas alternativas de lidar com a dor. A jornada de Helen com Mabel é uma metáfora para o processo de cura e a busca por um novo propósito na vida.

O filme também levanta questões sobre a relação entre humanos e animais, e sobre como a natureza pode nos ajudar a encontrar equilíbrio e paz interior.

E você, se identificou com a história de Helen?

Fonte: Variety

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